Entrevista com o Escritor Daniel Nonohay
Olá queridos leitores!!!
Vamos de entrevista😊
Hoje trago a entrevista que fiz com o Escritor Daniel Nonohay, ele é autor do livro maravilhoso Um Passeio no Jardim da Vingança.
Um Juiz do trabalho, que se tornou escritor,nossa ele tem muito á nos contar.
Para começo de história, amei seu livro da capa ao fim, surpreendente, e breve postarei minha resenha dele.
Então vamos conhecer esse talento Brasileiro.
Vamos as perguntas😉
Vamos de entrevista😊
Hoje trago a entrevista que fiz com o Escritor Daniel Nonohay, ele é autor do livro maravilhoso Um Passeio no Jardim da Vingança.
Um Juiz do trabalho, que se tornou escritor,nossa ele tem muito á nos contar.
Para começo de história, amei seu livro da capa ao fim, surpreendente, e breve postarei minha resenha dele.
Então vamos conhecer esse talento Brasileiro.
Daniel Nonohay
Escritor
Nasceu em 1973 e mora em Porto Alegre. É casado e pai de duas filhas. Juiz do trabalho, escreveu o seu primeiro romance à mão, em dois cadernos pautados, quando tinha 17 anos. É autor de artigos técnicos, na área do Direito, e polÃticos que foram publicados em livros, jornais e sites. Organizou livros de coletâneas. É colorado. Atuou como professor e é pós-graduado em Direito do Trabalho, Direito Processual do Trabalho e Direito Previdenciário. Foi Presidente da Associação dos Magistrados do Trabalho do Rio Grande do Sul. Atualmente, aproveita cada segundo livre para escrever, a sua grande paixão (depois, é claro, das “suas mulheres”).
Vamos as perguntas😉
1.Quando você descobriu que era Escritor, que queria se dedicar à esse mundo da escrita?
Eu sempre fui apaixonado pela leitura. Desde criança. Comecei com histórias em quadrinhos e para os livros. Meu pai e minha madrinha liam muito. Fui favorecido com estes exemplos e com a facilidade de acesso à literatura, algo muito raro em nosso paÃs.
Era uma época pré-internet, pré-videogame e com televisão aberta restrita a quatro ou cinco canais, quando o sinal pegava. Dependendo onde você morasse, sequer TV aberta havia. A criança não tinha muitas opções para fugir da realidade, principalmente quando estava sozinha em casa. As revistas e, depois, os livros eram as portas que te levavam para outros mundos.
Era uma época pré-internet, pré-videogame e com televisão aberta restrita a quatro ou cinco canais, quando o sinal pegava. Dependendo onde você morasse, sequer TV aberta havia. A criança não tinha muitas opções para fugir da realidade, principalmente quando estava sozinha em casa. As revistas e, depois, os livros eram as portas que te levavam para outros mundos.
Minha paixão por literatura me levou a
querer ser escritor. Assim, posso dizer que sempre quis ser escritor, assim
como quis ser juiz. A vida, contudo, impõe-nos
algumas decisões e, por volta dos vinte anos, tive que privilegiar um dos
sonhos.
Em verdade, escrever é grande parte do que faço no meu dia a dia na
Justiça. Analiso histórias, tento aplicar a lei de uma forma justa e dar
solução às controvérsias. Óbvio que a escrita técnica é diferente, mas a
tentativa de buscar clareza, lógica e precisão é a mesma, seja na sentença,
seja em um suspense, seja em uma crônica.
De certa forma, tudo está interligado. Passam pelos meus olhos, nos
processos, milhares de tragédias e comédias. Finais felizes e finais tristes.
Histórias que servem como um manancial praticamente inesgotável para o escritor
minimamente atento. Se eu escrevesse sobre algumas delas, o público certamente
acharia o texto inventivo ou “forçado” demais. Como se diz, a realidade não tem
compromisso com a coerência e os casos que analiso me lembram disso a todo
momento. Se você é alguém que presta atenção ao seu redor, a realidade é um
lugar incrÃvel de se viver.
Passados dezesseis anos da minha posse como juiz, eu resolvi finalmente
atender a minha necessidade de contar aquelas histórias que fluÃam, mesmo sem eu
as provocar, nos mais estanhos momentos.
2.Como
costuma surgir sua inspiração? Tem horários especiais?
Eu acredito em rotina, organização,
concentração e persistência.
A inspiração existe. Eu sei quando estou
inspirado. A escrita flui melhor e mais rápida. As ideias jorram e eu quase não
consigo acompanhá-las. A inspiração, contudo, é traiçoeira. Aparece quando quer
e em horas improváveis. O ideal é que ela lhe pegue prono para escrever.
De qualquer modo, para escrever obras
maiores, você não pode contar com a inspiração. Deve contar com a constância do
seu trabalho, que deve ficar no mÃnimo bom mesmo sem ela.
3.Que
critérios você usa para criar seus personagens? Em pessoas reais ou fatos?
A construção de personagens sólidos é
essencial para a verossimilhança da história. Com
personagens consistentes, o livro praticamente caminha por si só. O escritor, neste processo, torna-se um
companheiro dos seus personagens.
Se você consegue criar personagens assim, basta colocar os contextos e eles respondem, levando a trama, inclusive, para locais que não imaginou previamente. É algo muito
semelhante ao que Stephen King fala em seu livro Sobre a Escrita, na
parte em que comenta o seu processo criativo.
Esta construção pode ter como base pessoas que
conhecesses, mas não gosto da transposição de “cópias” de personalidades reais
para o papel.
Por exemplo. Um Passeio no Jardim
da Vingança gira em um meio, o jurÃdico, que frequento. Vários conhecidos,
ao lerem o livro, tentam identificar quem inspirou cada personagem. Na verdade,
não são inspirados em ninguém, individualmente. Essa inspiração facilitaria a
construção do personagem, pois ele já está delineado na vida real, mas limita
muito a narrativa. Você perde a naturalidade da escrita. Mesmo inconscientemente,
não queres fazer o seu amigo, que lerá o livro depois, assim como a famÃlia
dele, ser um calhorda ou um anjo. Não quero este tipo de interferência no
desenvolvimento da obra.
Interessante que, exatamente pela ação dos personagens, a evolução do Passeio ficou diferente da história que
imaginei, originalmente. Eles não respondiam satisfatoriamente ao que eu
tinha projetado. Determinadas reações ficariam forçadas ou contraditórias com o
desenvolvimento de personalidade que eles tiveram no curso da trama.
No livro que
atualmente estou escrevendo, tentei quebrar esta regra e não consegui. Um dos personagens
era inspirado no meu pai. A história começou a ficar artificial. Não fluÃa.
Assim, mantive apenas algumas referências, redesenhei o personagem e consegui
seguir em frente.
4.Ouve
algum Escritor (a) que lhe inspirou? Qual?
Pergunta difÃcil.
Gosto
de escritores de frases curtas, diretas e significativas, como o Hemingway.
Escrever assim é um desafio. Caso consigas, o texto resultante é claro e
translúcido, deixando espaço para a história fluir. Gosto, também, do estilo
simples e eficiente do Haruki Murakami. Entram na lista, ainda, por outros
atributos, Philip Roth, Philip K. Dick e George RR Martin.
Se
eu fosse obrigado a escolher apenas um, seria o Stephen King. Eu o leio desde
adolescente. Mesmo mudando com as
naturais modificações de gosto que ocorrem no correr da vida, sempre o considerei um ótimo escritor e sempre tive prazer com seus livros. Isto tem um significado. King constrói bem seus personagens e consegue fazer você acreditar e se
divertir com as ideias e histórias mais estapafúrdias.
5.Qual
seu sentimento referente suas estórias?
Eu sou o meu primeiro leitor. Tenho que
gostar da história quando a escrevo e, depois, quando a leio. Óbvio que vejo
defeitos, inconsistências e outros problemas no texto, mas isso não pode se
sobrepor à “diversão” neste processo. Isto vale para comédias, dramas e todos
os outros gêneros.
6.Como
e quando surgiu Um Passeio no Jardim da Vingança? 7. Qual o tempo de criação de
Um Passeio no Jardim da Vingança? E quais os contratempos?
Há cerca de três anos, decidi que estava
na hora de escrever ficção de forma “séria”.
Entre a decisão e a última revisão, o
processo de escrita demorou cerca de dois anos. Como escrever não é minha
principal ocupação profissional, tinha que encontrar tempo à noite, nas férias
e nos finais de semana. Apesar do pouco tempo disponÃvel, foi um processo
divertido, de descoberta de técnicas de escrita e de autoconhecimento.
Como surgiu?
Personagens com moralidade duvidosa e
fortes motivações sempre me atraÃram. Retirar tudo de alguém e deixá-lo vivo,
somente agarrado ao desejo de vingança, é uma posição de onde se originam
grandes histórias, como a de Edmond Dantés, em O Conde de Monte Cristo.
Paralelamente a isso, como disse, escrevo
o que gosto de ler e tenho predileção por histórias de ficção cientÃfica e
fantasia. Elas permitem um exercÃcio maior de criação pelos autores, pois, além
da história em si, dos personagens e de outros elementos, há uma exigência de
construção detalhada do enredo e do mundo no entorno dos personagens
Como terceira fonte para a construção da
história utilizei um meio, o jurÃdico, que frequento há muitos anos por ser juiz. Como diz Tolstói,
fale da sua aldeia e estarás falando do mundo.
Esses foram os ingredientes que coloquei no
caldeirão onde fiz o Um Passeio no Jardim
da Vingança.
8.Além
de ser escritor, exerce outra profissão?
Sim. Como referi, sou juiz do trabalho.
9.Você
já recebeu crÃtica negativa da sua obra? Como reagiu a tal situação?
Recebi, embora menos do que pensei que fosse
receber.
Um
Passeio no Jardim da Vingança é o livro que eu queria ler. Não fiz
concessões para facilitar a leitura ou a venda. A verdade nele é crua, há cenas
muito fortes e são abordados temas, como religião e sexualidade, tabus para
muitos. A forma de construção, com múltiplos focos narrativos e cronologia
alterada também não a tornam uma obra “para iniciantes”.
Encaro todas as crÃticas com
naturalidade e tento vê-las pelo lado positivo, subtraindo o que elas têm de
verdadeiro.
10.Além
de Um Passeio no Jardim da Vingança, quais obras você já escreveu?
Quando eu estava cursando a faculdade de
direito, arranjei um trabalho como representante (vendedor) de produtos
quÃmicos e siderúrgicos na empresa de um amigo. Naquela época, afora quando
estava no telefone vendendo ou operando a máquina de telex (uma precursora do
fax e do e-mail), não tinha nada para fazer. Ou lia ou ... escrevia. E foi o
que fiz. Meu primeiro livro saiu ali, escrito à mão, em cadernos pautados.
Nunca foi publicado e nunca será.
O
livro, chamado O Analista, passava-se no Brasil, em 2028, e trabalhava com a
hipótese de Maluf ter ganho as eleições de 1985 e de não ter dado certo a
distensão democrática. O personagem principal era um mercenário, contratado
para operar uma célula terrorista em Porto Alegre.
A
ideia da história, para a época, era interessante, mas foi uma obra de
formação. Quase um exercÃcio para aprender como se escrevia um livro. Era
preciso muita persistência para escrever obras grandes antes do processador de
texto. Eu escrevia a mão, revisava, reescrevia em outro caderno. Depois,
datilografava. Por essas e por outras coloco o processador de texto no meu
altar de adoração.
Hoje em dia escrevo, semanalmente,
crônicas que publico no meu site (www.danielnonohay.com.br),
bem como em jornais e revistas diversos. Faço, ainda, crÃticas de cinema e
resenhas literárias para os sites NoSet (http://noset.com.br),
Homo Literatus (http://homoliteratus.com)
e Novo Nerd (http://novonerd.xpg.uol.com.br).
Confiram e indiquem!
11.Qual o sentimento de ter seu livro
publicado pela Editora Talentos da Literatura Brasileira?
A Editora Novo Século, por meio do selo Talentos
da Literatura Brasileira, atende a um nicho de mercado “carente” no Brasil.
Escritores iniciantes, com algum capital, que querem fazer uma parceria para o
lançamento da sua obra, sem aguardar um perÃodo longo e incerto para a
publicação
A editora atendeu às minhas
expectativas. A revisão, edição e impressão do Um Passeio no Jardim da Vingança foram ótimos e estou satisfeito
com a relação que mantenho com a Editora.
12.Qual
a mensagem que você deixa para seus leitores?
Fundamentalmente, espero que os meus
leitores sejam tragados pelo universo do livro e que se divirtam neste processo. Meu objetivo sempre
foi este: criar e contar uma boa história. A ideia de
outros compartilhando esta história é fantástica. Leiam, critiquem e comentem.
Na medida do possÃvel, responderei a todos os que me contatarem.
*********************************************************************************
Nossa gostei muito de sua entrevista Daniel, quero agradecer pelo tempo disponibilizado, desejo que sua obra alcance todo sucesso possÃvel.
E que venham novas histórias, por que estou ansiosa para ler mas obras suas.
Muito obrigada mesmo.
*********************************************************************************
Para saber mais sobre o Daniel e seu Livro, basta acessar os links a baixo.
Bom queridos, por hoje é só, nos vemos em breve.
Até a próxima,
Um Bjo e um Xero da Pry😘😘😘😘